Tendências de marketing após a pandemia de coronavírus

Tendências de marketing  após a pandemia de coronavírus


A pandemia de coronavírus causou uma mudança tão grande na vida das pessoas que as empresas precisarão entender e se adaptar às mudanças comportamentais, ao que será o novo normal. Por isso, muitas coisas vão mudar em como as pessoas vão se relacionar com as marcas, as mídias e tom das mensagens,. Haverá novas tendências de marketing após a pandemia de coronavírus.

Identificar essas tendências exige algum esforço, porque a situação é inédita. Já houve pandemias e guerras com consequências para o mundo inteiro. Mas essa é a primeira crise verdadeiramente globalizada da história, que atinge simultaneamente, e da mesma maneira, os cinco continentes, reduzindo ou paralisando as atividades industriais e comerciais.  E também a primeira que acontece em um mundo conectado pelas mídias digitais.

Como é a comunicação durante a pandemia

Durante a pandemia, com as pessoas em isolamento social, as grandes marcas têm apostado na empatia e solidariedade, fazendo grandes doações, estimulando as pessoas a ficarem em casa e veiculando em mídia de massa peças de grande apelo emocional, valorizando os profissionais de saúde e dos serviços essenciais. As empresas menores seguem o mesmo tom, utilizando as mídias sociais e outras ferramentas de marketing digital.   

Em comum, todas elas têm acertado em mostrar um tom compassivo e solidário nas mensagens que veiculam, compartilhando conteúdos valiosos para quem está em quarentena e experimentando sentimentos de medo, insegurança e ansiedade, além do estresse de estar por tanto tempo dentro de casa.

Como será a comunicação depois do coronavirus

As peças de comunicação mais eficientes sempre são aquelas que despertam nas pessoas as emoções e sentimentos corretos, gerando o engajamento desejado. Então, para se ter uma comunicação eficiente, é preciso tentar entender os sentimentos e comportamentos que as pessoas terão nos primeiros dias de um mundo pós-coronavirus.

Após meses em isolamento social, sem atividades ou trabalhando em home office,  as pessoas provavelmente lidarão com um misto de dois sentimentos. O primeiro deles é o alívio  e o impulso de tentar retomar a vida normal. E o segundo é um certo medo de se fazer isso , porque, mesmo o pior já tendo passado, o novo coronavírus continuará sendo uma ameaça à saúde das pessoas.

Enquanto a ciência não descobrir um antiviral eficaz e principalmente uma vacina contra o novo coronavirus, teremos de conviver com a Covid-19. Como isso não deve acontecer antes de 2021, pelo que dizem os especialistas, haverá um novo normal quando as medidas de isolamento puderem ser relaxadas. As pessoas precisarão estar fisicamente mais distantes, para prevenir o contágio. E, obviamente, precisaremos continuar evitando aglomerações.

Tudo isso vai afetar a operação de escolas, faculdades, locais de trabalho e eventos esportivos. Assim como lojas físicas, cinemas, teatros, restaurantes, lanchonetes e casas de shows, que terão de implementar medidas que mantenham as pessoas distantes entre si. Além de todo o investimento necessário, é algo muito diferente, culturalmente falando, do jeito brasileiro, que é tradicionalmente mais informal, caloroso e privilegiando a proximidade física.

Outro ponto a ser levado em conta é que as medidas de isolamento social causarão também uma crise econômica. O crescimento que todos esperavam para 2020 ficará para 2021. As pessoas estarão preocupadas em recuperar empregos, empresas, renda e padrão de vida.

O live marketing no mundo pós coronavirus

Ciar uma interlocução viva entre marcas e pessoas continuará sendo uma ferramenta eficiente no mundo pós-coronavirus, mas terá de ser otimizada e adaptada à nova realidade. Não somente porque provavelmente haverá regras bastante rigorosas para eventos que possam gerar aglomerações, mas porque será necessário superar o medo de muita gente de ir a um lugar onde possa haver muitas pessoas.

Isso não significa que as ações de live marketing estão inviabilizadas. Apenas que deverão ser mais individualizadas, além de incluir algumas medidas preventivas de distanciamento e higiene. Se por um lado isso limita a quantidade de pessoas que uma ação pode atingir, do outro permite uma comunicação mais personalizada para cada pessoa, gerando novas possibilidades.

O Marketing Digital depois da pandemia do coronavirus

É inegável que o isolamento social está gerando uma oportunidade maior das marcas se comunicarem com as pessoas através do marketing digital, porque elas estão dentro de casa, conectadas praticamente o dia inteiro, especialmente nas redes sociais.  Para saber mais sobre como se comunicar durante a crise, leia esse post.

Após o fim do isolamento social, estratégias utilizando SEO, blogs, Google Ads, e Mídias Sociais, continuarão sendo importantes, mas não somente porque as pessoas terão se tornado usuárias ainda mais frequentes, mas porque o investimento é menor, ao alcance de qualquer empresa que estará em período de reorganizar suas finanças e escalonar investimentos.

Lives serão nova tendência depois do coronavírus

Finalmente, temos o fenômeno das lives, um exemplo de como uma situação extrema cria novos comportamentos ou apressa a adoção de novos costumes.  Elas já eram uma tendência na indústria cultural, mas a quarentena fez com que elas explodissem. E em um futuro próximo, onde as interações pessoais entre pessoas e marcas continuarão dificultadas, elas serão uma excelente opção para marcas interagirem com pessoas.

Antes da crise do coronavírus ,a recordista absoluta de público em uma live do Youtube era a cantora americana Beyoncé, com 500 mil espectadores simultâneos em um show de 2018. Esse recorde foi pulverizado por Jorge e Mateus no dia 4 de abril de 2020, com 3 milhões de espectadores. Em 9 de abril , Marília Mendonça ultrapassou os cantores sertanejos atraindo, 3 milhões e duzentas mil pessoas.

Mas esses foram recordes de artistas individuais. A One World Together At Home, organizada por Lady Gaga com a apoio da Organização Mundial de Saúde e contando com artistas como Paul McCartney, Rolling Stones, Elton John e Billie Eilish, entre outros, atraiu 21 milhões de pessoas, e ganhou o apelido de Live das Lives.

As marcas devem observar o fenômeno das lives porque foi uma maneira que os artistas, que são profissionais do entretenimento, e perderam muito dinheiro cancelando ou adiando shows por causa do coronavirus, acharam para manter o relacionamento com o seu público. Afinal de contas, eles são de certa maneira, marcas.

Você acha isso fora da sua realidade? Pense duas vezes. Para fazer uma boa live sobre o que está vendendo, basta se preparar bem, com um bom roteiro, e ter desenvoltura para falar em frente a uma câmera. Por exemplo: Um grupo de advogados fez uma live no Youtube sobre um assunto relevante para esse momento. Até a data em que estamos fechando esse texto, além do publico do momento, o vídeo já foi visualizado mais de 18 mil vezes.

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